Ares do Índico - part 15
Quem manda aqui?
Durante as ultimas semanas que as discussoes tem sido acesas com alguns colegas de trabalho sobre o verdadeiro desenvolvimento de Moçambique e a imagem que o mundo tem deste país africano em franco desenvolvimento. As visitas oficiais de vários chefes de estado vão sucedendo ao longo do tempo e as promessas da praxe vão sendo cada vez mais e os elogios bastante encorejadores. Mas ainda se faz muita protecção a tudo o que vem de fora e muitas vezes, quem sofre na pele são aqueles que por razões profissionais, filosofias de vida, destinos do acaso ou mesmo por escolha própria em regressar para junto das raizes chegam a Moçambique à espera de encontrar uma sociedade aberta ao que é novo como forma de aprender aquiloque perdeu nos ultimos anos de guerra e sofrimento. Todos os estrangeiros que chegam confrontam-se com inumeros obstaculos para conseguir trabalhar, viver e até investir em Moçambique. O poder é cada vez mais de todos os aqueles que possuem dinheiro em deterimento dos estudos ou experiencia de trabalho, se assim se pode chamar! A evolução e a globalização da economia assim ditou as regras, fazendo com que se veja uma caça ao tesouro em tudo o que se pode imaginar. É justo. Mas outros fenomenos aconteçem em paralelo a esta evolução. É engraçado como muitas pessoas tambem olham para estes paises mais carentes de evolução e de investimento e até mesmo de educação qualificada em postos estratégicos como uma forma se agarrarem o poder de qualquer coisa. Com uma experiencia de trabalho ainda na fase crescente, mas já com algumas empresas de renome no curriculum, foi me possivel sentir como as pessoas vêm alguem que vem de fora para trabalhar, desenvolver, liderar, expandir, despedir, ensinar, aprender, ajudar e acima de tudo fazer pela vida em termos economicos. Uns tem sucesso e conseguem atingir estes objectivos todos e muitos mais dando a alegria e satisfação a todos aqueles com quem trabalham, e por outro lado temos os chefes, patrões ou como aqui são carinhosamente chamados, os bosses (patrão em inglês). Para alguns é como peixe fora de água que não consegue de maneira nenhuma atigir um objectivo que nunca foi possivel em outro lado e que aqui parece ser uma meta a atingir, mas muitas vezes, a maioria delas sem sucesso nenhum e com resultados hilariantes a todos os niveis, incluindo os laborais. Outros, já com alguma bagagem e com pretensões bem maiores vão conseguindo ir ganhando um lugar de destaque como lideres de qualquer coisa que ninguem vê, a não ser a empregada lá de casa ou o porteiro da empresa! Mas o verdadeiro patrão é aquele que faz juz ao verdadeiro empresário de import/export, o Quim Fintas que consegue dar a volta a tudo e todos e por fim acaba enrolado nos seus proprios esquemas. Não são só os estrangeiros a seguir este modo de vida, mas são eles que protagonizam as imagens mais caricatas e muitas vezes imortalizadas pelos risos e gargalhadas dos seus proprios “empregados”. Se calhar tem tudo a ver com a forma como o sol gira e pelo aquecimento da água do mar, mas a verdade é que cada vez mais se encontram verdadeiras aves raras de todas as idades, sexos e nacionalidades. Quem não fica a ganhar são todos os outros que andam em Moçambique a lutar pela vida e que aos poucos e poucos se vêm comparados a pequenas excepções que mancham o bom trabalho e excelentes desempenhos em muitas áreas, passando despercebidos aos olhos de todos mas que levam por tabela com todos os preconceitos e julgamentos de opiniões. Mas se não fossem estes pequenos episódios cheios de personagens brilhantes, que graça teria a vida fora de Portugal ou dos paises de origem de todos os outros que servem de figurantes nesta série da vida real? Os tempos mudam e as vontades tambem e chefe que é chefe não deixa os seus créditos em mãos alheias, mesmo quando os tempos são dificeis!
Durante as ultimas semanas que as discussoes tem sido acesas com alguns colegas de trabalho sobre o verdadeiro desenvolvimento de Moçambique e a imagem que o mundo tem deste país africano em franco desenvolvimento. As visitas oficiais de vários chefes de estado vão sucedendo ao longo do tempo e as promessas da praxe vão sendo cada vez mais e os elogios bastante encorejadores. Mas ainda se faz muita protecção a tudo o que vem de fora e muitas vezes, quem sofre na pele são aqueles que por razões profissionais, filosofias de vida, destinos do acaso ou mesmo por escolha própria em regressar para junto das raizes chegam a Moçambique à espera de encontrar uma sociedade aberta ao que é novo como forma de aprender aquiloque perdeu nos ultimos anos de guerra e sofrimento. Todos os estrangeiros que chegam confrontam-se com inumeros obstaculos para conseguir trabalhar, viver e até investir em Moçambique. O poder é cada vez mais de todos os aqueles que possuem dinheiro em deterimento dos estudos ou experiencia de trabalho, se assim se pode chamar! A evolução e a globalização da economia assim ditou as regras, fazendo com que se veja uma caça ao tesouro em tudo o que se pode imaginar. É justo. Mas outros fenomenos aconteçem em paralelo a esta evolução. É engraçado como muitas pessoas tambem olham para estes paises mais carentes de evolução e de investimento e até mesmo de educação qualificada em postos estratégicos como uma forma se agarrarem o poder de qualquer coisa. Com uma experiencia de trabalho ainda na fase crescente, mas já com algumas empresas de renome no curriculum, foi me possivel sentir como as pessoas vêm alguem que vem de fora para trabalhar, desenvolver, liderar, expandir, despedir, ensinar, aprender, ajudar e acima de tudo fazer pela vida em termos economicos. Uns tem sucesso e conseguem atingir estes objectivos todos e muitos mais dando a alegria e satisfação a todos aqueles com quem trabalham, e por outro lado temos os chefes, patrões ou como aqui são carinhosamente chamados, os bosses (patrão em inglês). Para alguns é como peixe fora de água que não consegue de maneira nenhuma atigir um objectivo que nunca foi possivel em outro lado e que aqui parece ser uma meta a atingir, mas muitas vezes, a maioria delas sem sucesso nenhum e com resultados hilariantes a todos os niveis, incluindo os laborais. Outros, já com alguma bagagem e com pretensões bem maiores vão conseguindo ir ganhando um lugar de destaque como lideres de qualquer coisa que ninguem vê, a não ser a empregada lá de casa ou o porteiro da empresa! Mas o verdadeiro patrão é aquele que faz juz ao verdadeiro empresário de import/export, o Quim Fintas que consegue dar a volta a tudo e todos e por fim acaba enrolado nos seus proprios esquemas. Não são só os estrangeiros a seguir este modo de vida, mas são eles que protagonizam as imagens mais caricatas e muitas vezes imortalizadas pelos risos e gargalhadas dos seus proprios “empregados”. Se calhar tem tudo a ver com a forma como o sol gira e pelo aquecimento da água do mar, mas a verdade é que cada vez mais se encontram verdadeiras aves raras de todas as idades, sexos e nacionalidades. Quem não fica a ganhar são todos os outros que andam em Moçambique a lutar pela vida e que aos poucos e poucos se vêm comparados a pequenas excepções que mancham o bom trabalho e excelentes desempenhos em muitas áreas, passando despercebidos aos olhos de todos mas que levam por tabela com todos os preconceitos e julgamentos de opiniões. Mas se não fossem estes pequenos episódios cheios de personagens brilhantes, que graça teria a vida fora de Portugal ou dos paises de origem de todos os outros que servem de figurantes nesta série da vida real? Os tempos mudam e as vontades tambem e chefe que é chefe não deixa os seus créditos em mãos alheias, mesmo quando os tempos são dificeis!
in: Semanário Económico, CASUAL
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